O ano é 2022. A startup INFLR crava: 75% dos jovens brasileiros sonham em ser influenciadores. Setenta e cinco por cento! Três em cada quatro. Um exército de futuros criadores de conteúdo sonhando com views, likes, seguidores e, claro, dinheiro.
Agora, corta para 2025. O tempo passou, mas o desejo não esfriou. Pelo contrário, cresceu, se multiplicou e atravessou idades e profissões. Hoje, não é só o jovem que quer influenciar por meio das redes sociais. Executivos, advogados, médicos e empreendedores também querem ter voz. Mas surge uma questão: se todo mundo é influencer, quem é a audiência?
O mercado dos influenciadores está saturado?
Como todo grande sonho contemporâneo, há um mercado bilionário de olho nessa tendência. Basta uma rápida pesquisa para encontrar mais de 500 cursos ensinando o passo a passo para virar influenciador. São métodos infalíveis, hacks secretos e fórmulas que prometem sucesso garantido.
No entanto, a verdade é que não existe influência na prateleira. Afinal, ela não se embala, não se industrializa. Isso porque influenciar de verdade não é sobre seguir uma cartilha, mas sim sobre ter substância. E a prova está na história: dos milhares de novos influenciadores que surgem todos os dias, quantos realmente permanecem? Mais do que isso, quantos viram, de fato, referência na área?
Basta olhar para os grandes. Goste ou não deles, todo influenciador que sobreviveu à “primeira onda” tem história, tem voz e tem personalidade. Do gamer ao economista, do humorista ao filósofo, do pequeno empreendedor ao CEO, do subúrbio à Faria Lima. São eles que criam tendências, provocam debates, viram cases e inspiram legiões.
Por isso, a pergunta continua ecoando: se todo mundo é influencer, quem é a audiência? Afinal, influência não se copia, não se compra e não se terceiriza. Em vez disso, influência se constrói. E, claro, a base dessa construção é o repertório, com a roupagem da autenticidade.