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Cilene Impelizieri Nogueira
CEO da Hipertexto

Já se imaginou esperando anoitecer para passar em um terreno extremamente íngreme e cheio de valas? Ou mesmo após vários avisos de perigo, se jogar em alto mar? Parece imprudente, não é mesmo? No mundo da comunicação, o cenário não é muito diferente. Aguardar uma crise estourar para só então planejar como se relacionar com a mídia, é como andar a esmo em uma região lotada de minas terrestres. Relações com a mídia que sobrevivem às crises são construídas antes do problema surgir, com transparência e diálogo contínuo.

Como profissional de comunicação, com anos de experiência em gestão de crise e relacionamento com a imprensa, aprendi que o diálogo aberto e honesto é o alicerce para qualquer interação bem-sucedida. Nesse cenário, ser transparente não representa apenas um compromisso ético, mas também uma estratégia eficaz. Embora pareça evidente, muitas vezes não é assim na prática. Por isso, sempre enfatizo: é necessário reiterar o que é óbvio.

A mídia é uma extensão do público. Construir relações duradouras com os jornalistas significa estar preparado para ser questionado, para explicar e, acima de tudo, para ouvir. Isso transforma potenciais adversários em aliados estratégicos, principalmente quando uma crise começa a se formar.

Nesse percurso, cada interação é uma pedra no alicerce dessa ponte. Seja uma coletiva de imprensa ou um simples retorno por e-mail, cada ponto de contato é uma chance de fortalecer ou enfraquecer essas conexões. Lembre-se: a mídia sempre lembrará como foi tratada durante os momentos críticos.

Reflita sobre isso:

Como está construindo suas pontes? Está pronto para atravessar um momento ruim com a confiança dos que sabem que cultivaram não apenas contatos, mas conexões verdadeiras?

Vamos juntos fortalecer essas relações, tornando-as não apenas funcionais, mas também fundamentais e resilientes. Porque, no fim das contas, quando a crise se instala, a qualidade dos relacionamentos que construímos define se avançamos ou ficamos para trás.

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